Pianista, cantor, compositor, arranjador, maestro, artista, ativista, naturalista, nacionalista, original, inovador, revolucionário, criativo, gênio, monstro sagrado, mito, brasileiro.
Compõe a santíssima trindade da Bossa Nova ao lado de João Gilberto e Vinícius de Moraes, influenciou uma infinidade de artistas no mundo todo. Um dos maiores músicos do século XX, todo amante da música tem a obrigação de conhecer sua obra!
Nome completo: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
Nacionalidade: brasileira
Período de atividades: 1956 até 1994
Estilo/Gênero: MPB, Jazz/Bossa Nova
Álbuns: 50
Site oficial:
Tera Brasilis
Sobre o disco:
Line-up: Tom Jobim (piano, piano elétrico, violão), Bob Cranshaw (baixo), Pascoal Meirelles (bateria), Rubens Bassini (percussão), Bucky Pizzarelli (guitarra)
Cotação:
All Music Guide (0 a 5): 4
Mestre Tom Jobim construiu uma sólida carreira internacional nas décadas de 60 e 70, e tinha lançado recentemente ótimos álbuns de inéditas. De repente, em 1980, convoca novamente o conceituado arranjador Claus Ogerman, que já havia trabalhado com ele nos clássicos Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim (1967), A Certain Mr. Jobim (1967), dentre outros, para auxiliá-lo a dar uma cara mais pop ao seu sofisticadíssimo trabalho. Então, Jobim reúne uma série de músicas consagradas internacionalmente com outras que eram muito populares no Brasil, mas que ainda não haviam sido mostradas ao público internacional. Todas elas receberam novas interpretações e foram reunidas em uma espécie de coleânea, um álbum duplo chamado Terra Brasilis.
A arte de Tom Jobim, apesar de muito complexa em sua estrutura, quase sempre consegue soar simples, o que é um verdadeiro prodígio, e o disco de hoje parece que teve a pretensão de ampliar este efeito, ou seja, o mestre dá um tom ainda mais casual aos arranjos, sem nunca abrir mão da qualidade, é claro, mas sua informalidade excessiva parece ter diminuído algumas faixas consideradas grandiosas. Um exemplo é a formidável composição em parceria com Chico Buarque, 'Sabiá'. Nesse álbum ela perdeu seu brilho original consideravelmente.
Tom Jobim assume os vocais além de tocar o piano, o que achei preocupante. O talentoso maestro, infelizmente não nasceu com uma "grande voz", então não é em toda música que sua própria interpretação cai bem. Em Terra Brasilis ele canta em todas as faixas, misturando português, inglês e scat, o que achei uma grande sacada.
Apenas em virtude destas poucas ressalvas, não considero este álbum um clássico, mas o resultado final é um disco muito bem gravado e arranjado, composto de músicas de enorme riqueza técnica e expressiva, executadas de modo agradável e informal, que faz um bom apanhado da obra de Jobim - indicado para quem não conhece muito da obra do mestre brasileiro.
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